Muitas vezes ,o preconceito que existe em torno do Transtorno do Espectro do Autismo, é devido à falta de conhecimento sobre o assunto.
As maiores dificuldades enfrentadas por pessoas com TEA são a comunicação e interação social, e por esse motivo, a inclusão se faz cada vez mais necessária e urgente.
Por onde começar?
Observe e pergunte
Imagine que você vá receber um amigo em sua casa. É provável que antes, você procure saber quais são as preferências dessa pessoa em relação aos seus costumes, comidas e bebidas preferidas, estilo de música etc. Isso tudo para que sua visita se sinta acolhida á vontade na sua casa.
Com a pessoa com TEA não é diferente. O que muda? As perguntas que você deve fazer. Procure se informar com os pais ou cuidadores sobre seus gatilhos:
Lidam bem com contato físico?
Se incomodam com barulhos altos?
São esses detalhes que vão fazer toda a diferença neste encontro.
Entenda e compreenda
Em tempos de intolerância, é fundamental procurarmos nos informar antes de agir. Se soubermos as potencialidades e limitações da pessoa com TEA, será muito mais fácil compreender suas atitudes.
Criatividade na comunicação
Umas das principais dificuldades das pessoas que estão dentro do Espectro é a comunicação. Por isso, para que se estabeleça uma boa comunicação, talvez você precise utilizar outros recursos além da oral e da escrita. Fotos, figuras, livros, cores e objetos podem ser grandes aliados.
Empatia
Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro. Muitas vezes sabemos o que é na teoria, mas não colocamos em prática. O exercício é válido para todas as pessoas. Se somos capazes se colocar no lugar do outro, temos capacidade de respeitar todas as pessoas.
Seja paciente e persistente
Pode ser que a pessoa com TEA não atenda a sua expectativa em relação ao tempo de resposta, e muitas vezes ela precisará de muitas tentativas para fazer algo que você faz de forma simples.
Acredite, ela sempre chegará lá, mesmo que vocês precisem mudar de caminho várias vezes.
E não esqueça de procurar informações e de pedir ajuda para pessoas qualificadas, existem muitos profissionais da área interessados na inclusão, principalmente porque eles vêem todos os dias o quanto
VALE A PENA!
Luana Passos é Psicóloga comportamental e neuropsicóloga com prática de 13 anos na área de Autismo, Especialista em ABA, TEACCH e PECS, sócia-diretora da Clínica SOMAR.